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Li esta frase ontem à noite num blog que acompanho e senti-a como se fosse minha, afinal de contas tinha a casa cheia de pessoas que ficarão sempre na minha vida, que já fazem parte da minha história e por quem sinto um carinho crescente.

Graças a todos pela vossa presença e especialmente por terem deixado esta “casa” muito mais cheia até mesmo depois de partirem.

Lost ou Perdidos (na versão portuguesa) é uma das séries que acompanho com mais fervor! Sou capaz de ficar acordada de madrugada para ver o episódio em directo dos EUA. Tem mistério, tem intriga, romance e outros ingredientes que a tornam uma série de sucesso e eu não perco um episódio… mas vamos lá ver uma coisa… a série chama-se Lost/Perdidos porque eles estão perdidos numa ilha ou porque a cada episódio o espectador fica cada vez mais perdido? Seja como for, a cada semana fico com mais vontade de me perder no meio destas duas caras bonitas… 😉

Por questões profissionais esta semana e a próxima estarei em Paço de Arcos, ou por outras palavras, de castigo. Quero dizer… eu estar lá é uma espécie de promoção… alguém acreditou que eu dava conta do recado e podia representar bem a empresa perante o seu mais importante cliente… mas bolas, era preciso ser tão longe?! Não é propriamente longe, eu sei, mas eu ando de transportes públicos e isso implica uma grande volta… mas confesso que um dos + do meu dia é parte do percurso… passo de comboio junto ao Tejo, logo de manhãzinha e depois ao entardecer… a paisagem tem qualquer coisa de mágico. A ver se me lembro de levar a máquina para depois blogar aqui uma fotografia… se não for amanhã fica para a semana, porque o “castigo” continua.
Pensando bem… se calhar só mesmo para a semana, é que a partir de amanhã (hoje, dada a hora da madrugada) começam os preparativos para uma grande frangalha cá em casa com amigos de viagem. Estou ansiosa por os receber!!! Assim se prova que o mês de Fevereiro foi só festa!!
E falando em festa… o mês de Março ainda não começou e já estou com a agenda cheia de coisas interessantes para fazer, para além de muito trabalho.
Estava agora a reler o primeiro paragrafo deste post e desatei a rir. Parece conversa de doidos, mas acho que no fundo é uma prova do quanto sou uma pessoa mais feliz de há uns tempos para cá e do quanto se tornou fácil descobrir o lado positivo das coisas, até mesmo das mais chatas, como por exemplo 1h30 a andar de transportes. E quando falo que sou feliz não é porque me aconteceu algo de extraordinário, é simplesmente porque comecei a olhar o que me rodeia com mais atenção e a descobrir a beleza em pequenos detalhes como o contorno da Ponte 25 de Abril no meio da névoa da manhã… Quando não se tem uma grande razão para se ser feliz procuram-se 1001 pequenas coisas… e são pequenos nadas que às vezes me fazem mesmo MUITO feliz.

Há gestos que mexem comigo, que me deixam vulnerável, que me comovem e nenhum é tão forte como o abraço. Não há nenhum outro gesto que diga tanto de alguém como o abraço. Beijos e apertos de mão são gestos fáceis comparados com o abraço. Para abraçarmos alguém temos que entrar no seu espaço e baixar a guarda para que entrem no nosso, é algo tão pessoal e tão íntimo que muitas vezes só o fazemos em privado… mas há abraços que não podem esperar. Hoje assisti a um grande abraço, daqueles sentidos, de alguém que quer cuidar do outro e colocar um fim à sua dor…era mais do que um abraço, era um xi-coração.
Foi a minha querida avó que me ensinou a dar xi-corações e o quanto eles nos enriquecem. Já não uso muito a expressão xi-coração, mas sei que os abraços fazem parte de quem sou.
Gosto de abraços apertados, longos, sentidos, sinceros, de coração aberto, dos que provocam arrepios, dos de um só fôlego, dos que causam suspiros, dos que fazem o relógio parar e sentir que mais nada existe, só nós no nosso abraço.

Os abraços apaixonam-me… e são do que mais gosto de dar e receber. Era capaz de me apaixonar por um abraçar…

Já não são imagens do Haiti que são notícia de abertura dos telejornais ou capa de jornais, neste momento é a tragédia que se vive na ilha da Madeira e o sofrimento dos seus habitantes que nos choca e perturba. Ainda custa acreditar que as imagens e os relatos que nos chegam mostram uma realidade tão próxima de nós.

Todos nós podemos ajudar as vítimas desta tragédia e há várias formas de o fazer, deixo aqui a minha sugestão.

magens e os relatos

Como o fim-de-semana foi mais uma vez a correr, com a agravante de ter adoecido e estar com uma daqueles gripes que me faz espirrar a cada dois minuto e me deixa com voz de bagaço, ficou, mais uma vez, um café e um chá por tomar e muita conversa para pôr em dia.
Confesso que esta vida de workalcholic me começa a deixar mazelas… e não são só no corpo, mas na própria vida. Sinto que ando com pouco tempo para as pessoas de quem gosto, passo por elas a correr e acabo por não participar em nada de importante das suas vidas, estou cada vez mais ausente do que presente. Esforço-me para estar com todos e acabo por não estar com ninguém verdadeiramente…
Esta minha “falta de tempo e de espaço” lembrou-me um poema do José Luís Peixoto, que me dedicaram a semana passada, e as saudades de estar sentada, deitada ou de qualquer outra forma no sofá e em silêncio.

Fotografia de São Francisco

São Francisco és tu e são as tardes que passávamos
no sofá, sentados ou deitados de todas as formas,
em todas as direcções. Não guardo ressentimentos
de São Francisco e chegará um tempo em que,
de novo, seremos capazes de passar um fim-de-semana
entre chapéus de sol e sol. A Califórnia não é eterna,
mas há um certo tipo de silêncio que se procura
sempre e que se encontra apenas muito raramente.
Esse é o teu brilho, São Francisco. Vais ver, teremos
camisas de flores coloridas e saberemos rir-nos
de tudo. E, contra todas as expectativas, quando
um de nós estiver a morrer, o outro estará lá.

José Luís Peixoto, “Gaveta de Papéis”

só não sei até quando…

…mas gostava de “papar” estes filmes todos até à noite dos óscares, ou pelo menos os que fazem parte dos nomeados.

Dizia o Rui Reininho na última gala dos Ídolos que um ídolo deve reunir: “Cortesia, persistência e sorte. Ah, e boas cunhas, também é importante neste país.”
Pois é, Ruizinho, tens razão, mas eu acrescento “ ídolo ou qualquer outra coisa”, nem que seja para continuar a ser mexilhão, ou seja, continuares a ser mais um anónimo no nosso país, longe das luzes da ribalta ou das capas da imprensa cor-de-rosa. Eu passo explicar melhor… Concorri a um programa de atribuição de bolsas de trabalho para o estrangeiro ao qual passei à fase de testes. Que fixe! – pensei eu. Os dias passaram-se, as semanas também e nunca mais tive notícias. Como sei bem o que é estar do outro lado resolvi esperar mais um pouco até pedir explicações pela demora e só ontem é que liguei para a linha de apoio. Dou os dados necessários e oiço do outro lado:
– “A senhora desistiu, está aqui que desistiu. Foi convocada no dia 6 (sábado) para ir ao exame dia 9 (terça) e não compareceu, logo desistiu”.
– “What The Fuck”!? (foi o que me apeteceu gritar ao telefone, mas respirei fundo…) “Deve haver um engano, eu não recebi email nenhum, não tenho nada na minha caixa de emails e nem no SPAM. Como é que vamos resolver isto? Eu não compareci, porque não recebi a notificação, mas quero fazer os testes”.
– “Ai, agora já não pode. Está aqui como desistiu e tenho aqui o email que lhe enviei”.
– “Ai tem? Então envie de novo, sff”.
Escusado será dizer que ainda estou à espera do tal email.
Como na empresa de recursos humanos não tinham qualquer intenção de me resolver aquele “problemazinho” resolvi ligar directamente para a entidade que promove o dito concurso de bolsas.
Escusado será dizer que não me adiantou de grande coisa, disseram para escrever uma carta e apresentar uma reclamação por escrito. Ya, ya, e vai mesmo ser lida a tempo, é já a seguir!!
Tive um ataque de choro. Às vezes também me acontece ter momentos de fraqueza, isto não é boa disposição todos os dias. Eu só pensava no quanto queria e quero a bolsa, no quanto toda aquela situação era injusta, que o que eu pedia era só a oportunidade de fazer os malditos testes, não estava a exigir a bolsa e perguntava-me porque é que não sou daquelas pessoas que nasceram com o rabo virado para a lua e têm tudo sem se esforçar para nada. Chorei só mais um bocadinho, recuperei o fôlego suficiente para aguentar uma dose de nicotina e pensei: “Que se f*** esta m**** toda!!! Não vou desistir!! Eu tenho valor! Tenho pessoas que acreditam em mim e escreveram pareceres a meu favor, não posso ficar por aqui!! Não sou filha de nenhum ministro, não tenho um maço de notas de 500euros para abanar à frente de alguém, mas no meu percurso profissional já conheci um ou outro big boss que sabe ou já ouviu falar da minha imensa capacidade de trabalho, sou capaz de conseguir uma cunhazinha”. Perdi a vergonha e com uma grande lata e descaramento apelei a uma little boss para que fizesse chegar um email à direcção. A verdade é que podia ter ido directamente ao big boss, mas não quis abusar da manteiga e o que interessa é que o meu caso está a ser analisado.
Espero bem não morrer na praia, mas caso isso aconteça não vou chorar, está mais do que decidido qual será o meu projecto seguinte e depois no próximo ano concorro de novo e no outro e no outro… Ainda posso concorrer durante mais 6 anos 😉 Não desisto! Ai, não desisto não!!

No último fim-de-semana fui surpreendida por notícias de divórcios e separações e pensei “I’ve been there”.
Sei o que sentem, mesmo. Senti tudo isso na alma e na pele, sei o quanto dói e o quanto custa a sarar… e também sei o quanto chateia as palmadinhas nas costas e as frases de consolo “agora tens que dar um tempo, fazer luto, o tempo sara tudo”. Blá, blá, blá!!
Bullshit!! Pensava eu!! Mas não é que tinham razão?! No momento custa a acreditar que a vida nos vai voltar a sorrir, mas depois de descobrirmos qualquer coisa bonita como um sorriso, um abraço, uma música, um livro, qualquer coisa que nos faça sonhar com algo melhor, tudo se transforma e o nosso coração volta a florir.

Acreditem em mim! I’ve been there and you can get through it!!

Acabei de saber… é uma notícia fresquinha, fresquinha!! Os Snow Patrol, aquele quinteto britânico fantástico, vai estrear-se em Portugal, dia 27 de maio, no Rock in Rio. É caso para dizer: Eu vou!! (espero)

Gosto muito de neve, mas aqui não neva… Isto assim não tem piada! Estou farta do frio, da chuva, do tempo húmido, de ter que andar de chapéu-de-chuva, de ter que vestir camadas de roupa. Definitivamente, não sou uma pessoa de Inverno.

Ó S. Pedro, faz lá as pazes connosco e manda vir o sol. A malta porta-se bem e com sol porta-se ainda melhor. Este tempo deixa-nos cabisbaixos. As árvores já andam a florir, as andorinham já fazem ninhos, só falta mesmo o sol para dar as boas vindas à Primavera. Eu sei que ainda falta um mês para a sua chegada oficial, mas se ela sentir que é muito desejada volta com mais graça. Amanhã ainda te dou um dia para te preparares, mas no fim-de-semana manda lá o solinho sff. Obrigada.

A última semana tem sido uma correria desgraçada e nem a suposta ponte ajudou a abrandar o ritmo. Desde uma visita inesperada numa noite (supostamente) dedicada ao trabalho, cafezinho com os amigos com quem não estava há muito tempo, viagem ao Porto, Carnaval, etc. mal houve tempo para recuperar fôlego.
Apesar do stress e da correria foram dias muito bons e tenho pena que não tivesse sido possível prolongar alguns momentos… nomeadamente a viagem ao Porto. Foram dias intensos e muito produtivos em inúmeros aspectos. Matei saudades de novos e velhos amigos, fui ao cinema, comprei mais um livro de crónicas da Laurinda Alves, fui às compras, parei, meditei, vi nos olhos de alguém o reflexo de um projecto em comum, dei e recebi abraços, planeei idas a concertos, almocei na Ribeira (no restaurante de sempre), apanhei frio e chuva (só faltou nevar), passei um serão familiar em frente à tv, perdi-me de riso com a Joana, também me passei com a Joana, almocei com a primassa e a sua cara-metade, cruzei-me na rua com quem não via há muito tempo, troquei sms com pessoas muito especiais, mascarei-me de índia e fui curtir o carnaval com os amigos, dancei, pulei, diverti-me à grande e ainda me calhou soprar no balão (0.00… um zero por cada mini). Depois disto tudo é obvio que caí na cama exausta, mas este ano a minha mãe teve dó de mim e deixou-me dormir até às 15h… Que maravilha!
Cada vez gosto mais de dormir. Ando com umas tendências de urso polar e só me apetece é hibernar, mas como os próximos dias também serão de loucos tenho que dar corda aos sapatos e meter mãos à obra, ou seja, agarrar o trabalho com unhas e dentes.
Nestes próximos dias não vou ter muito tempo para o blog, mas vou fazer um esforço para dizer sempre qualquer coisa… nem que seja um disparate dos meus.
Assim que isto abrandar tenho muitas coisas sobre as quais quero falar, como por exemplo esta coisa da censura em Portugal (que me anda a irritar solenemente), os divórcios que já chegaram à minha geração, a vida de solteira (vantagens e desvantagens), os meus planos para o futuro, o que ando a ler e a ouvir… etc. etc. Como vêem temas não me faltam, só preciso é de tempo suficiente para me concentrar a escrever sobre eles.

Ps: Estava pré-agendado para estes dias um café com uma amiga muito especial, mas não foi por esquecimento… Na próxima ida à terrinha a primeira pessoa para quem vou ligar para beber café é para ti, minha linda.

“Quando alguém se cruza no nosso caminho, traz sempre uma mensagem para nós. Encontros fortuitos são coisa que não existe. Mas o modo como respondemos  a esses encontros determina se estamos à altura de recebermos a mensagem.”

James Redfiel, “A Profecia Celestina”
Eu sou Mulher

palavras passadas…