Eu sei que já se passaram algumas semanas, mas uma vez que parei para escrever, aqui fica:
27 de Maio – Dia de Rock in Rio: Andei para trás e para a frente para ver se me decidia a ir. Se a decisão fosse sim o dia só podia ser aquele. Porquê? Porque era o dia dos Snow Patrol, porque havia duas músicas que eu precisava ouvir ao vivo e a cores, porque mexem comigo, porque falam também de mim, porque me causam arrepios. Fiquei pelo “sim, vou, mesmo que sozinha” e fui, mas muito bem acompanhada. É verdade, julgava eu que iria curtir aquelas musiquinhas sozinha e acabei por me arrepiar junto de uma mão cheia de novos amigos. Na cidade do Rock foi rir do início ao fim. Saltei, cantei, pulei, gritei (ooohh ohhhhh), conversei, conheci pessoas novas, descobri mais sobre outras, fotografei e fui fotografada, troquei sms e telefonemas para partilhar aquele momento e abracei os que me rodeavam e os que ficaram a assistir a partir de casa, curti cada nota musical que saiu daquele palco imenso desde o concerto dos, já quase jurássicos, Xutos & Pontapés, dos muito desejados Snow Patrol e dos arrebatadores Muse (pelos quais fiquem fã). Por momentos fiz-me criança e senti-me num parque de diversões onde tudo era novo, tudo era uma descoberta e uma conquista. Regressei a casa cansada, mas de coração cheio graças à noite fantástica à luz de uma lua cheia magnífica. Regressei com sede de mais concertos, mais conversa e ainda mais sede de estar rodeada de pessoas que me são especiais e que contribuem para que os meus dias sejam cada vez mais felizes.
(fotos em breve)
28 de Maio – Caldas Late Night: Este é um dos eventos mais aguardados do mês de Maio na santa terrinha e, embora este tenha sido mais fraquinho comparado com o ano passado, teve um gostinho diferente, porque fiz parte da produção de uma das exposições.
As ruas e algumas casas particulares encheram-se de manifestações artísticas das mais diversas formas e é sempre uma surpresa ver onde chega o novo conceito de arte. Tivemos aviões de papel atirados pela janela, luvas ensanguentadas num estendal, candeeiros de garrafas, velas com formatos fálicos, máscaras de palhaço, labirinto de espelhos e a projecção de um vídeo no abandonado Estúdio Um.
Pelo meio da peregrinação artística (comigo já a arrastar os pés e acusar o cansaço da noite anterior) ainda houve tempo para colocar a conversa em dia com quem me acompanhou, uma bela pizza, reencontrar caras conhecidas e um abraço de até breve a um querido amigo (que entretanto já voltou completamente transformado!! – se estiveres a ler, faz-me um favor, investe mais neste teu novo “eu”. És cada vez mais boa pessoa e menos cabrão.)
Para o ano estarei lá de novo, com a companhia de sempre e mais alguns, mas espero que com mais dias/noites para poder apreciar melhor o que se anda a fazer de mais artístico por aquela terra.
(fotos em breve)
29 de Maio – Noite no Green: Uma pizza XXL, uma garrafa de tinto, 2 cafés, muitas e muitas imperiais, muito rock e muita conversa (nem sempre de jeito) foram os ingredientes necessários para acabar a noite a dançar e regressar a casa já depois do sol nascer. Dancei como se não houvesse amanhã e aproveitei a adrenalina para exorcizar um ou outro tabu na minha cabeça… foi um bom tubo de ensaio para celebrar o meu 30.º aniversário. A ver vamos se tudo corre como planeado…
(sem fotos)